domingo, 24 de junho de 2012
...com relação a Mariana Lima e Drica Moraes, confiro às duas os mesmos e apaixonados elogios. Estamos diante de duas atrizes completas, senhoras absolutas de seus vastos recursos interpretativos. E que evidenciam não apenas seu enorme prazer de estar em cena, mas também a inteligência de suas escolhas e a ótima contracena que estabelecem. Sob todos os aspectos, a atuação de ambas é um verdadeiro presente para aqueles que amam a complexa arte de representar. - Lionel Fischer - Teatro/Crítica
Após superar leucemia, atriz Drica Moraes apresenta peça em Porto Alegre
"A Primeira Vista" entra em cartaz no próximo fim de semana no Theatro São Pedro
Larissa Roso
Drica Moraes encara seu papel em A Primeira Vista como sua reencarnação. É o retorno, inteiro, depois de pequenos papéis na televisão. Desde o ano passado, foram breves participações na novela Ti Ti Ti, na minissérie Dercy de Verdade e no seriado A Grande Família. O convite para encenar a peça que passa pelo Theatro São Pedro no próximo final de semana veio enquanto a atriz carioca ainda estava no hospital, enfrentando o tratamento contra uma leucemia, em 2010.
O diretor Enrique Diaz, seu primeiro namorado, passou-lhe para avaliação o texto do canadense Daniel MacIvor, a ser encenado ao lado de Mariana Lima. Drica, que em julho completa 43 anos, pouco compreendeu do enredo, mas aceitou prontamente.
- Eu estava sob efeito de drogas, com muita quimioterapia na cabeça, e não entendia. Só entendia que queria estar com aquelas pessoas. De olho fechado, quase medicamentosamente, garanti que aquilo seria bom para mim (risos). Faria bem para a minha saúde estar com eles - conta, por telefone, de sua casa no Rio.
Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista.
Donna - A Primeira Vista é um trabalho histórico na sua carreira, marcando o retorno após o transplante de medula óssea e a recuperação. Fale um pouco do seu papel.
Drica Moraes - A peça trata de amor, amizade, juventude, libido. Essa libido que faz a gente atravessar a vida e escolher a profissão, os amores, experimentar muitas coisas diferentes. São duas amigas, duas estranhas, na verdade, que se conhecem por acaso e vão travar uma longa jornada juntas. Elas têm entre 19 e 29 anos. É um recorte na vida delas dentro desse período de tempo. São mulheres de personalidades e temperamentos opostos, o que ajuda a contar a história. A peça fala de aceitação do diferente, do estranho como parte nossa, da necessidade do amor e da troca, de como o homem é híbrido quando ama e se mistura - ele se transforma através do outro. Tem muitos temas que me agradam e têm a ver com a minha história toda, com as últimas coisas que me aconteceram na vida.
Donna - Onde você vê semelhanças?
Drica - Na minha vida, precisei do outro, do desconhecido, do diferente de mim, de maneira vital. Sou mãe de uma criança adotiva e precisei do desconhecido que gerou meu filho e me deu esse presente. Precisei do desconhecido que foi meu doador da medula. Hoje tem uma luta interna minha para a gente chegar a um acordo biológico, esse acordo com o que vem do outro. Estou ótima, superbem, chegando ao segundo ano do transplante, com muito sucesso. Mas tudo é uma adaptação, muda tudo internamente.
Donna - Viver uma situação de intenso sofrimento e angústia certamente altera sua perspectiva sobre diversas coisas. Como sua vida mudou após essa experiência?
Drica - Tendo a simplificar muito, tudo, e a não pegar a neurose e a angústia dos outros para mim. Tenho todas as minhas angústias humanas, as minhas dúvidas, mas acho que o meu olhar simplificou. Isso é muito bom.
Donna - Tudo parecia mais sombrio naquele período ou, pelo contrário, você se amparava em bons pensamentos e em previsões otimistas para seguir adiante?
Drica - A gente é feito de tudo: esperança, medo, tristeza, sensação de fracasso e de sucesso, tudo junto. O que imperava não era uma depressão. Nem podia tomar antidepressivo. Tomei remédio para dormir em uma época muito barra, enquanto ainda estava procurando doador. É muito difícil passar por tudo. Todos os dias, você tem altos e baixos, é um calvário. Mas chega uma hora em que você escolhe onde vai aquietar a sua alma: na esperança ou no medo.
Donna - Um dos efeitos mais dramáticos para as pacientes mulheres é a perda do cabelo, e a aparência está intimamente ligada ao seu trabalho. Foi muito difícil?
Drica - Ficar careca nem foi ruim. Me achei bonita, isso não era o problema. O problema é quando o cabelo começa a crescer - feio, em tufos, com buracos no meio. É muito difícil se sentir bem. Vai melhorando ao longo dos anos. Mas a careca, em si, achei maravilhosa.
Donna - Você descobriu o câncer pouco depois de adotar seu filho, Mateus (hoje com três anos). Também se separou naquele período. Como foi conciliar a maternidade, a separação e o tratamento?
Drica - Minha filha, foi uma porrada atrás da outra. Nessas horas, ou você luta, ou você luta. Contei com muito apoio da minha família, e estava começando a namorar de novo (o médico homeopata Fernando Pitanga, 55 anos, com quem está até hoje). Tive muita sorte de encontrar um doador rápido. Podia ter esperado mais e talvez não ter suportado. Tive médicos excelentes, um plano de saúde que me ajudou bastante. Deus foi rápido comigo.
Donna - Seu filho era bebê na época.
Drica - Tinha um ano. Fiquei quatro meses internada e depois muito tempo em casa, mas com muita limitação, como a máscara. Ele é uma luz, um menino precoce, tem uma capacidade de compreensão fora da curva, é lindo, muito amoroso.
Donna - Você disse que não esconderia dele a história da adoção. O assunto já é abordado?
Drica - Sim. Desde que ele tinha um ano e começou a perguntar sobre o pai. Essa questão precisa ser falada sempre, claro que da maneira das crianças, no mundo da fantasia, minimizando o lado difícil e negro e ressaltando o lado solar e luminoso. Ele já está me pedindo para adotar um irmãozinho.
Donna - E você pensa no segundo filho?
Drica - Penso, penso, mas tenho que ganhar coragem. É muito lindo, mas é muito trabalho, muita responsabilidade. Vamos ver.
Donna - Como ficou o namoro naquela época?
Drica - Ele foi muito parceiro, paciente, ficou muito perto e deu muito apoio para mim e para o meu filho, para a minha família. Ele é um sujeito muito calmo. Foi importante estar perto dele.
Donna - Em uma entrevista ao Fantástico, logo depois do transplante, você falou algo muito impactante: "A vida melhora muito se você não morre". De que maneira?
Drica - Muitas vezes, a gente não consegue mudar padrões de comportamento se não for de uma forma violenta. A doença foi isso para mim. Muitas vezes, você está com relações que não existem mais, uma série de mágoas, coisas que precisa amadurecer e passar adiante e não consegue. Se você morre, acabou tudo. Se você consegue ficar aqui, pode ser muito proveitoso, você pode ter uma vida muito melhor do que antes. Isso para mim é real, límpido, claro.
Donna - Sua vida está melhor agora?
Drica - Com certeza.
Donna - Como você se vê hoje?
Drica - Ai, minha filha, como é que eu vou falar isso? Estou aí... Um dia de cada vez. Continuo com esse meu lema. Sem grandes planos, vivendo a vida, o máximo possível, no presente.
Fonte :
http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/donna/noticia/2012/06/apos-superar-leucemia-atriz-drica-moraes-apresenta-peca-em-porto-alegre-3791777.html
"A Primeira Vista" entra em cartaz no próximo fim de semana no Theatro São Pedro
Larissa Roso
Drica Moraes encara seu papel em A Primeira Vista como sua reencarnação. É o retorno, inteiro, depois de pequenos papéis na televisão. Desde o ano passado, foram breves participações na novela Ti Ti Ti, na minissérie Dercy de Verdade e no seriado A Grande Família. O convite para encenar a peça que passa pelo Theatro São Pedro no próximo final de semana veio enquanto a atriz carioca ainda estava no hospital, enfrentando o tratamento contra uma leucemia, em 2010.
O diretor Enrique Diaz, seu primeiro namorado, passou-lhe para avaliação o texto do canadense Daniel MacIvor, a ser encenado ao lado de Mariana Lima. Drica, que em julho completa 43 anos, pouco compreendeu do enredo, mas aceitou prontamente.
- Eu estava sob efeito de drogas, com muita quimioterapia na cabeça, e não entendia. Só entendia que queria estar com aquelas pessoas. De olho fechado, quase medicamentosamente, garanti que aquilo seria bom para mim (risos). Faria bem para a minha saúde estar com eles - conta, por telefone, de sua casa no Rio.
Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista.
Donna - A Primeira Vista é um trabalho histórico na sua carreira, marcando o retorno após o transplante de medula óssea e a recuperação. Fale um pouco do seu papel.
Drica Moraes - A peça trata de amor, amizade, juventude, libido. Essa libido que faz a gente atravessar a vida e escolher a profissão, os amores, experimentar muitas coisas diferentes. São duas amigas, duas estranhas, na verdade, que se conhecem por acaso e vão travar uma longa jornada juntas. Elas têm entre 19 e 29 anos. É um recorte na vida delas dentro desse período de tempo. São mulheres de personalidades e temperamentos opostos, o que ajuda a contar a história. A peça fala de aceitação do diferente, do estranho como parte nossa, da necessidade do amor e da troca, de como o homem é híbrido quando ama e se mistura - ele se transforma através do outro. Tem muitos temas que me agradam e têm a ver com a minha história toda, com as últimas coisas que me aconteceram na vida.
Donna - Onde você vê semelhanças?
Drica - Na minha vida, precisei do outro, do desconhecido, do diferente de mim, de maneira vital. Sou mãe de uma criança adotiva e precisei do desconhecido que gerou meu filho e me deu esse presente. Precisei do desconhecido que foi meu doador da medula. Hoje tem uma luta interna minha para a gente chegar a um acordo biológico, esse acordo com o que vem do outro. Estou ótima, superbem, chegando ao segundo ano do transplante, com muito sucesso. Mas tudo é uma adaptação, muda tudo internamente.
Donna - Viver uma situação de intenso sofrimento e angústia certamente altera sua perspectiva sobre diversas coisas. Como sua vida mudou após essa experiência?
Drica - Tendo a simplificar muito, tudo, e a não pegar a neurose e a angústia dos outros para mim. Tenho todas as minhas angústias humanas, as minhas dúvidas, mas acho que o meu olhar simplificou. Isso é muito bom.
Donna - Tudo parecia mais sombrio naquele período ou, pelo contrário, você se amparava em bons pensamentos e em previsões otimistas para seguir adiante?
Drica - A gente é feito de tudo: esperança, medo, tristeza, sensação de fracasso e de sucesso, tudo junto. O que imperava não era uma depressão. Nem podia tomar antidepressivo. Tomei remédio para dormir em uma época muito barra, enquanto ainda estava procurando doador. É muito difícil passar por tudo. Todos os dias, você tem altos e baixos, é um calvário. Mas chega uma hora em que você escolhe onde vai aquietar a sua alma: na esperança ou no medo.
Donna - Um dos efeitos mais dramáticos para as pacientes mulheres é a perda do cabelo, e a aparência está intimamente ligada ao seu trabalho. Foi muito difícil?
Drica - Ficar careca nem foi ruim. Me achei bonita, isso não era o problema. O problema é quando o cabelo começa a crescer - feio, em tufos, com buracos no meio. É muito difícil se sentir bem. Vai melhorando ao longo dos anos. Mas a careca, em si, achei maravilhosa.
Donna - Você descobriu o câncer pouco depois de adotar seu filho, Mateus (hoje com três anos). Também se separou naquele período. Como foi conciliar a maternidade, a separação e o tratamento?
Drica - Minha filha, foi uma porrada atrás da outra. Nessas horas, ou você luta, ou você luta. Contei com muito apoio da minha família, e estava começando a namorar de novo (o médico homeopata Fernando Pitanga, 55 anos, com quem está até hoje). Tive muita sorte de encontrar um doador rápido. Podia ter esperado mais e talvez não ter suportado. Tive médicos excelentes, um plano de saúde que me ajudou bastante. Deus foi rápido comigo.
Donna - Seu filho era bebê na época.
Drica - Tinha um ano. Fiquei quatro meses internada e depois muito tempo em casa, mas com muita limitação, como a máscara. Ele é uma luz, um menino precoce, tem uma capacidade de compreensão fora da curva, é lindo, muito amoroso.
Donna - Você disse que não esconderia dele a história da adoção. O assunto já é abordado?
Drica - Sim. Desde que ele tinha um ano e começou a perguntar sobre o pai. Essa questão precisa ser falada sempre, claro que da maneira das crianças, no mundo da fantasia, minimizando o lado difícil e negro e ressaltando o lado solar e luminoso. Ele já está me pedindo para adotar um irmãozinho.
Donna - E você pensa no segundo filho?
Drica - Penso, penso, mas tenho que ganhar coragem. É muito lindo, mas é muito trabalho, muita responsabilidade. Vamos ver.
Donna - Como ficou o namoro naquela época?
Drica - Ele foi muito parceiro, paciente, ficou muito perto e deu muito apoio para mim e para o meu filho, para a minha família. Ele é um sujeito muito calmo. Foi importante estar perto dele.
Donna - Em uma entrevista ao Fantástico, logo depois do transplante, você falou algo muito impactante: "A vida melhora muito se você não morre". De que maneira?
Drica - Muitas vezes, a gente não consegue mudar padrões de comportamento se não for de uma forma violenta. A doença foi isso para mim. Muitas vezes, você está com relações que não existem mais, uma série de mágoas, coisas que precisa amadurecer e passar adiante e não consegue. Se você morre, acabou tudo. Se você consegue ficar aqui, pode ser muito proveitoso, você pode ter uma vida muito melhor do que antes. Isso para mim é real, límpido, claro.
Donna - Sua vida está melhor agora?
Drica - Com certeza.
Donna - Como você se vê hoje?
Drica - Ai, minha filha, como é que eu vou falar isso? Estou aí... Um dia de cada vez. Continuo com esse meu lema. Sem grandes planos, vivendo a vida, o máximo possível, no presente.
Fonte :
http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/donna/noticia/2012/06/apos-superar-leucemia-atriz-drica-moraes-apresenta-peca-em-porto-alegre-3791777.html
Divulgação: Nil Caniné
Drica Moraes volta a sorrir nos palcos
A Primeira Vista fala de amizade e tem forte influência da cultura pop
Após vencer a leucemia que a afastou da carreira desde o início de 2010, Drica Moraes finalmente volta a atuar. Famosa graças aos trabalhos em Os Normais 2, O Bem Amado, Queridos Amigos, Chocolate com Pimenta e Alma Gêmea, a atriz está junto de Mariana Lima na comédia A Primeira Vista.
A peça, escrita pelo canadense Daniel MacIvor e dirigida por Enrique Diaz, está rodando o Brasil com um enredo que aborda a amizade de duas personagens em meio a encontros, desencontros e reencontros. Na história, a dupla, apaixonada por música, chega a montar uma banda – o que exigiu preparo extra para as atrizes poderem tocar baixo, guitarra e ukelelê. Os cariocas poderão conferir a peça nos dias 14 a 17 de junho, no Teatro Poeira. Em 23 e 24 do mesmo mês, é a vez de Porto Alegre (RS) receber as atrizes, no Theatro São Pedro.
O Vamos Rir Mais falou com Drica sobre o espetáculo, a relação com suas personagens e a vida pós-leucemia. Confira:
Vamos Rir Mais – Você é bem-humorada como os papéis de comédia que costuma fazer?
Drica Moraes – Olha, costumo fazer o possível para me divertir. Claro que é mais uma utopia, um estado de alma, do que qualquer outra coisa, pois a vida também inclui as barras pesadas.
VRM – Na sua visão, o que é ter bom humor?
Drica – Não ser chegada a uma “deprezinha” diária. Saber sair da reta quando as angústias típicas do cotidiano querem te devorar. E quando isso acontece, saber dar uma paradinha, respirar fundo e poder mudar o foco.
VRM – A Primeira Vista aborda a relação de amizade entre duas mulheres com suas lembranças do passado. De que forma mergulhar em uma personagem muda a forma como o ator se enxerga e age no dia a dia?
Drica – As personagens são espelhamentos nossos. Do que já existe lá dentro. Você pode até tirar proveito dessa conexão e tentar ver questões pessoais por um novo ângulo.
VRM – A vida de sua personagem e da personagem de Mariana Lima é bastante permeada pela música. Qual a sua relação com a música?
Drica – Sempre curti música. Cheguei a estudar piano na adolescência e fiz muitos musicais com orquestra ou banda ao vivo. Cheguei também a tocar um pianinho em cena na peça Pianíssimo. Esse texto do Daniel MacIvor traz duas personagens apaixonadas pelo rock e com a ambição de formar uma banda. Este foi também, de certo modo, o sonho da minha juventude.
VRM – Em 2010, você teve de enfrentar a leucemia. Agora que já passou pelo pior, como avalia a Drica de antes e a Drica de agora?
Drica - Sinto enorme prazer nas coisas simples da vida. Agradeço aos deuses porque sei que tive e tenho muito amor em volta, o que me sustenta. E a volta aos palcos, especificamente nesta peça, onde trabalhamos numa sintonia sofisticada, encharcada de emoção e humor, me traz muito acolhimento e alegria.
VRM – De que forma você acredita que seu trabalho pode impactar a vida das pessoas?
Drica - A Primeira Vista é uma peça que fala de amor, afeto e liberdade. Em incluir o diferente, em se deixar misturar com o outro. Fala também da passagem do tempo e de como podemos olhar para trás e nos reconhecermos incompletos, humanos e limitados. Fala do inexorável e do fim, sem drama.
Cartola – Agência de Conteúdo
Especial para o Terra
http://vamosrirmais.terra.com.br/agenda/drica-moraes-volta-a-sorrir-nos-palcos/
Drica Moraes volta a sorrir nos palcos
A Primeira Vista fala de amizade e tem forte influência da cultura pop
Após vencer a leucemia que a afastou da carreira desde o início de 2010, Drica Moraes finalmente volta a atuar. Famosa graças aos trabalhos em Os Normais 2, O Bem Amado, Queridos Amigos, Chocolate com Pimenta e Alma Gêmea, a atriz está junto de Mariana Lima na comédia A Primeira Vista.
A peça, escrita pelo canadense Daniel MacIvor e dirigida por Enrique Diaz, está rodando o Brasil com um enredo que aborda a amizade de duas personagens em meio a encontros, desencontros e reencontros. Na história, a dupla, apaixonada por música, chega a montar uma banda – o que exigiu preparo extra para as atrizes poderem tocar baixo, guitarra e ukelelê. Os cariocas poderão conferir a peça nos dias 14 a 17 de junho, no Teatro Poeira. Em 23 e 24 do mesmo mês, é a vez de Porto Alegre (RS) receber as atrizes, no Theatro São Pedro.
O Vamos Rir Mais falou com Drica sobre o espetáculo, a relação com suas personagens e a vida pós-leucemia. Confira:
Vamos Rir Mais – Você é bem-humorada como os papéis de comédia que costuma fazer?
Drica Moraes – Olha, costumo fazer o possível para me divertir. Claro que é mais uma utopia, um estado de alma, do que qualquer outra coisa, pois a vida também inclui as barras pesadas.
VRM – Na sua visão, o que é ter bom humor?
Drica – Não ser chegada a uma “deprezinha” diária. Saber sair da reta quando as angústias típicas do cotidiano querem te devorar. E quando isso acontece, saber dar uma paradinha, respirar fundo e poder mudar o foco.
VRM – A Primeira Vista aborda a relação de amizade entre duas mulheres com suas lembranças do passado. De que forma mergulhar em uma personagem muda a forma como o ator se enxerga e age no dia a dia?
Drica – As personagens são espelhamentos nossos. Do que já existe lá dentro. Você pode até tirar proveito dessa conexão e tentar ver questões pessoais por um novo ângulo.
VRM – A vida de sua personagem e da personagem de Mariana Lima é bastante permeada pela música. Qual a sua relação com a música?
Drica – Sempre curti música. Cheguei a estudar piano na adolescência e fiz muitos musicais com orquestra ou banda ao vivo. Cheguei também a tocar um pianinho em cena na peça Pianíssimo. Esse texto do Daniel MacIvor traz duas personagens apaixonadas pelo rock e com a ambição de formar uma banda. Este foi também, de certo modo, o sonho da minha juventude.
VRM – Em 2010, você teve de enfrentar a leucemia. Agora que já passou pelo pior, como avalia a Drica de antes e a Drica de agora?
Drica - Sinto enorme prazer nas coisas simples da vida. Agradeço aos deuses porque sei que tive e tenho muito amor em volta, o que me sustenta. E a volta aos palcos, especificamente nesta peça, onde trabalhamos numa sintonia sofisticada, encharcada de emoção e humor, me traz muito acolhimento e alegria.
VRM – De que forma você acredita que seu trabalho pode impactar a vida das pessoas?
Drica - A Primeira Vista é uma peça que fala de amor, afeto e liberdade. Em incluir o diferente, em se deixar misturar com o outro. Fala também da passagem do tempo e de como podemos olhar para trás e nos reconhecermos incompletos, humanos e limitados. Fala do inexorável e do fim, sem drama.
Cartola – Agência de Conteúdo
Especial para o Terra
http://vamosrirmais.terra.com.br/agenda/drica-moraes-volta-a-sorrir-nos-palcos/
quinta-feira, 21 de junho de 2012
Edson Celulari e Drica Moraes participam de A Grande Família
Edson Celulari e Drica Moraes vão fazer uma participação especial no seriado A Grande Família, da Globo. No capítulo, que será exibido na quinta-feira (21), os atores vão interpretar Armando e Silva, um casal de amantes.
No episódio, Lineu (Marco Nanini) e Nenê (Marieta Severo) chegam atrasados a um restaurante e percebem que perderam a mesa reservada para uma dupla, que finge ser os Silvas. Ao se aproximarem dos impostores, eles conhecem Sílvia (Drica Moraes) e Armando (Edson Celulari), que comemoram dez anos de relacionamento.
Para não estragarem a celebração, Nenê e Lineu os convidam para jantarem juntos. O fiscal fica empolgado com o papo animado e logo convida os novos amigos para um encontro em sua casa. Mas Armando recebe uma ligação que azeda o clima da noite.
Fonte:
http://ofuxico.terra.com.br/noticias-sobre-famosos/edson-celulari-e-drica-moraes-participam-de-a-grande-familia/2012/06/14-141534.html
Edson Celulari e Drica Moraes vão fazer uma participação especial no seriado A Grande Família, da Globo. No capítulo, que será exibido na quinta-feira (21), os atores vão interpretar Armando e Silva, um casal de amantes.
No episódio, Lineu (Marco Nanini) e Nenê (Marieta Severo) chegam atrasados a um restaurante e percebem que perderam a mesa reservada para uma dupla, que finge ser os Silvas. Ao se aproximarem dos impostores, eles conhecem Sílvia (Drica Moraes) e Armando (Edson Celulari), que comemoram dez anos de relacionamento.
Para não estragarem a celebração, Nenê e Lineu os convidam para jantarem juntos. O fiscal fica empolgado com o papo animado e logo convida os novos amigos para um encontro em sua casa. Mas Armando recebe uma ligação que azeda o clima da noite.
Fonte:
http://ofuxico.terra.com.br/noticias-sobre-famosos/edson-celulari-e-drica-moraes-participam-de-a-grande-familia/2012/06/14-141534.html
sexta-feira, 15 de junho de 2012
A Primeira Vista
há 10 horas via instagram
Sabe quando alguém sensualiza para te convencer de alguma coisa? Então. É o antepenúltimo dia. Vem? - M. http://instagr.am/p/L5SDx0Kzhr/
https://www.facebook.com/index.php?lh=e471b83403ad6fc6f8dd3a1f05911c9a&#!/primeiravista
Sábado e Domingo chegando ao final da temporada no Teatro Poeira
há 10 horas via instagram
Sabe quando alguém sensualiza para te convencer de alguma coisa? Então. É o antepenúltimo dia. Vem? - M. http://instagr.am/p/L5SDx0Kzhr/
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Sábado e Domingo chegando ao final da temporada no Teatro Poeira
sexta-feira, 8 de junho de 2012
A volta por cima de Drica Moraes
07/06/2012 Por Robledo Milan
A atriz carioca Adriana Moraes Rego Reis, mais conhecida simplesmente por Drica Moraes, está completando em 2012 vinte anos de carreira no cinema. A primeira experiência em longa-metragem foi na comédia fantástica Manôushe, uma produção internacional estrelada também por Telma Reston e Lélia Abramo. Quase ninguém o viu, mas serviu para despertar o gosto pela sétima arte na atriz que é bastante experiente também na televisão e no teatro. E é por causa dessa última expressão que ela irá circular por todo o país, em turnê nacional ao lado da atriz Mariana Lima com a peça À Primeira Vista. A primeira parada está marcada para os dias 23 e 24 de junho, em Porto Alegre, quando irá se apresentar no Theatro São Pedro. Foi sobre esse trabalho, e sobre algumas de suas principais incursões pela tela grande, que conversamos por telefone nesse bate papo exclusivo para o Papo de Cinema. Confira!
Vamos começar pelo óbvio: fale um pouquinho sobre a peça À Primeira Vista e sobre o teu personagem.
Ok. À Primeira Vista é sobre amor, sobre nossos amigos, sobre amizade, as diferenças que existem entre todos nós e sobre o que resulta da mistura entre nós e aqueles que estão ao nosso redor. É um texto muito bonito, muito emocionante, e que me empolgou bastante. Eu e a Mariana interpretamos duas amigas, e o recorte de tempo da peça é dos 19 aos 29 anos, ou seja, essa faixa dos 20, o começo da vida dessas duas meninas. É um momento muito importante, pois é quando começamos a definir quem somos, nossa sexualidade, nossos interesses, nossa profissão. É também quando pensamos mais nas origens, de onde viemos e para onde vamos, aquele papo que nunca tem fim. Tem muita emoção, mas também muito humor
Com Mariana Lima na peça "À Primeira Vista"
Pelo jeito é algo bem mais leve do que o teu trabalho anterior no teatro, o impactante A Ordem do Mundo?
Ah, com certeza. O A Ordem do Mundo foi um tour de force, foi um choque, precisei de entregar por completo. Era um texto muito forte, que gostei muito de fazer, mas também que exigiu muito de mim. Com À Primeira Vista é outra pegada, tá sendo uma verdadeira delícia. Fui super bem recebida, está sendo um prazer trabalhar nela. Eu saí daquela visão pessimista, ou se poderia dizer realista, do A Ordem do Mundo, e agora estou envolvida por algo muito mais alegre, positivo. E também tem toda a estrutura, essa é uma peça muito mais minimalista, o cenário é apenas um telão vislumbrando o infinito. É tudo muito mais suave, mais doce. E com uma temática mais emocionante, acolhedora.
Há quanto tempo À Primeira Vista está em cartaz?
A peça estreou há apenas três meses no Rio de Janeiro, no Teatro Poeira. Agora é que vamos sair em turnê pelo Brasil pela primeira vez, e Porto Alegre será a cidade de estreia. É bacana também porque Porto Alegre foi uma das últimas cidades a conferirem A Ordem do Mundo, ou seja, é uma cidade super importante pra mim como fim de um momento muito difícil, que foi a doença, e agora como começo de outro, em que tudo está melhor.
Com Deborah Secco em "Bruna Surfistinha"
Como está sendo essa retomada após tua recuperação?
O ano de 2010 foi muito complicado. Foi quando tive o diagnóstico da leucemia, quando tive que me internar, tudo parou. O Bruna Surfistinha, que foi meu último filme até agora, fiz enquanto estava doente. Foi uma barra, tinha muitas dores, tem cenas que foram muito complicadas de serem feitas. Pra fazer À Primeira Vista também, no início, foi um desafio, porque nos exigiu muito ensaio, de seis a sete horas por dia. Eu não tinha certeza se iria conseguir. Então, estar aqui, agora, nas vésperas da peça viajar pelo Brasil, é uma emoção muito forte, porque significa que consegui, que superei e deixei pra trás uma fase complicada e que tudo só tende a melhorar daqui pra frente.
E quais são os seus próximos projetos no cinema?
Em cinema se fala muito e se decide pouco, né? Então, tem algumas coisas bacanas, mas nada muito certo ainda. Tem um projeto muito bacana com o João Jardim (Amor?), que se rolar será ótimo. É um super roteiro, de um thriller sobre os últimos dias do Getúlio Vargas. O meu papel será o da Alzira, filha dele. Mas o meu envolvimento ainda é muito embrionário, estou lendo e estudando a respeito, mas nada certo. Se sair, será para o ano que vem.
Com Zezé Polessa e Andréa Beltrão em "O Bem Amado"
Com Zezé Polessa e Andréa Beltrão em "O Bem Amado"
Você chegou a ver Bruna Surfistinha? É uma das tuas atuações mais fortes no cinema.
Sim, vi o filme. Mas é muito difícil separar. O meu personagem era ótimo, e adorei o convite e o resultado. O processo de fazê-lo é que foi difícil, e por um problema pessoal meu, não pelo filme em si. A preparação foi intensa, nós todas fomos conviver com meninas de programa numa casa de auxílio em São Paulo, então se aprendeu muito. Nem 10% do que coletamos está na tela. Era muito material, e o meu personagem tinha muita amargura, aridez, e isso combinado ao meu estado físico de limitações, foi bastante complicado. Eu não conseguia decorar os textos, não conseguia me concentrar. Foi muito difícil. Fui ver o filme tempos depois, quando tudo já havia passado. E gostei bastante, apesar das minhas memórias dele não serem as melhores.
Combinou o fato de ser um drama, e você sendo uma atriz bastante ligada com a comédia?
A comédia é uma via de mão dupla, né? É muito bacana, é muito difícil, mas se você só faz isso acaba estereotipado. Fiz filmes muito engraçados, como Os Normais 2 (2009), ou O Bem Amado (2010)… sem falar do teatro e, principalmente, da televisão. Mas o bom é experimentar mais, ousar mais. Não ficar preso somente a um gênero. Foi um dos motivos de ter aceitado fazer Bruna Surfistinha, queria fazer algo diferente, com essa pegada polêmica, mas nada gratuito, tudo foi muito cuidado, estudado. E a comédia pode estar em tudo, o bom humor sempre tem espaço. Basta saber lidar com ele.
Com Claudia Liz e Adriana Esteves em "As Meninas"
De todas as suas experiências no cinema, qual mais te marcou?
É difícil não pensar em Bruna Surfistinha, por tudo que esse filme representou nessa etapa da minha vida. Mas tem um filme que gosto muito, que é o As Meninas, baseado no romance da Lygia Fagundes Telles, com a Adriana Esteves e a Cláudia Liz. É um filme muito brejeiro, simpático, aquela coisa querida que ficou na memória. Tem um visual antigo, mas aconchegante, acolhedor. Teve também o Bossa Nova, com o Bruno Barreto, o Antonio Fagundes, a Amy Irving… esse foi bem bacana também, até porque tinha aquele tom de romance, mas muito humor, muito leve. Gostaria de ter feito mais cinema, sou uma atriz muito bissexta. Acho sempre que sou a última opção, que os diretores só me chamam quando não conseguiram mais ninguém (risos).
Entrevista feita por telefone no dia 06 de junho de 2012.
Fonte:
http://www.papodecinema.com.br/entrevistas/a-volta-por-cima-de-drica-moraes
07/06/2012 Por Robledo Milan
A atriz carioca Adriana Moraes Rego Reis, mais conhecida simplesmente por Drica Moraes, está completando em 2012 vinte anos de carreira no cinema. A primeira experiência em longa-metragem foi na comédia fantástica Manôushe, uma produção internacional estrelada também por Telma Reston e Lélia Abramo. Quase ninguém o viu, mas serviu para despertar o gosto pela sétima arte na atriz que é bastante experiente também na televisão e no teatro. E é por causa dessa última expressão que ela irá circular por todo o país, em turnê nacional ao lado da atriz Mariana Lima com a peça À Primeira Vista. A primeira parada está marcada para os dias 23 e 24 de junho, em Porto Alegre, quando irá se apresentar no Theatro São Pedro. Foi sobre esse trabalho, e sobre algumas de suas principais incursões pela tela grande, que conversamos por telefone nesse bate papo exclusivo para o Papo de Cinema. Confira!
Vamos começar pelo óbvio: fale um pouquinho sobre a peça À Primeira Vista e sobre o teu personagem.
Ok. À Primeira Vista é sobre amor, sobre nossos amigos, sobre amizade, as diferenças que existem entre todos nós e sobre o que resulta da mistura entre nós e aqueles que estão ao nosso redor. É um texto muito bonito, muito emocionante, e que me empolgou bastante. Eu e a Mariana interpretamos duas amigas, e o recorte de tempo da peça é dos 19 aos 29 anos, ou seja, essa faixa dos 20, o começo da vida dessas duas meninas. É um momento muito importante, pois é quando começamos a definir quem somos, nossa sexualidade, nossos interesses, nossa profissão. É também quando pensamos mais nas origens, de onde viemos e para onde vamos, aquele papo que nunca tem fim. Tem muita emoção, mas também muito humor
Com Mariana Lima na peça "À Primeira Vista"
Pelo jeito é algo bem mais leve do que o teu trabalho anterior no teatro, o impactante A Ordem do Mundo?
Ah, com certeza. O A Ordem do Mundo foi um tour de force, foi um choque, precisei de entregar por completo. Era um texto muito forte, que gostei muito de fazer, mas também que exigiu muito de mim. Com À Primeira Vista é outra pegada, tá sendo uma verdadeira delícia. Fui super bem recebida, está sendo um prazer trabalhar nela. Eu saí daquela visão pessimista, ou se poderia dizer realista, do A Ordem do Mundo, e agora estou envolvida por algo muito mais alegre, positivo. E também tem toda a estrutura, essa é uma peça muito mais minimalista, o cenário é apenas um telão vislumbrando o infinito. É tudo muito mais suave, mais doce. E com uma temática mais emocionante, acolhedora.
Há quanto tempo À Primeira Vista está em cartaz?
A peça estreou há apenas três meses no Rio de Janeiro, no Teatro Poeira. Agora é que vamos sair em turnê pelo Brasil pela primeira vez, e Porto Alegre será a cidade de estreia. É bacana também porque Porto Alegre foi uma das últimas cidades a conferirem A Ordem do Mundo, ou seja, é uma cidade super importante pra mim como fim de um momento muito difícil, que foi a doença, e agora como começo de outro, em que tudo está melhor.
Com Deborah Secco em "Bruna Surfistinha"
Como está sendo essa retomada após tua recuperação?
O ano de 2010 foi muito complicado. Foi quando tive o diagnóstico da leucemia, quando tive que me internar, tudo parou. O Bruna Surfistinha, que foi meu último filme até agora, fiz enquanto estava doente. Foi uma barra, tinha muitas dores, tem cenas que foram muito complicadas de serem feitas. Pra fazer À Primeira Vista também, no início, foi um desafio, porque nos exigiu muito ensaio, de seis a sete horas por dia. Eu não tinha certeza se iria conseguir. Então, estar aqui, agora, nas vésperas da peça viajar pelo Brasil, é uma emoção muito forte, porque significa que consegui, que superei e deixei pra trás uma fase complicada e que tudo só tende a melhorar daqui pra frente.
E quais são os seus próximos projetos no cinema?
Em cinema se fala muito e se decide pouco, né? Então, tem algumas coisas bacanas, mas nada muito certo ainda. Tem um projeto muito bacana com o João Jardim (Amor?), que se rolar será ótimo. É um super roteiro, de um thriller sobre os últimos dias do Getúlio Vargas. O meu papel será o da Alzira, filha dele. Mas o meu envolvimento ainda é muito embrionário, estou lendo e estudando a respeito, mas nada certo. Se sair, será para o ano que vem.
Com Zezé Polessa e Andréa Beltrão em "O Bem Amado"
Você chegou a ver Bruna Surfistinha? É uma das tuas atuações mais fortes no cinema.
Sim, vi o filme. Mas é muito difícil separar. O meu personagem era ótimo, e adorei o convite e o resultado. O processo de fazê-lo é que foi difícil, e por um problema pessoal meu, não pelo filme em si. A preparação foi intensa, nós todas fomos conviver com meninas de programa numa casa de auxílio em São Paulo, então se aprendeu muito. Nem 10% do que coletamos está na tela. Era muito material, e o meu personagem tinha muita amargura, aridez, e isso combinado ao meu estado físico de limitações, foi bastante complicado. Eu não conseguia decorar os textos, não conseguia me concentrar. Foi muito difícil. Fui ver o filme tempos depois, quando tudo já havia passado. E gostei bastante, apesar das minhas memórias dele não serem as melhores.
Combinou o fato de ser um drama, e você sendo uma atriz bastante ligada com a comédia?
A comédia é uma via de mão dupla, né? É muito bacana, é muito difícil, mas se você só faz isso acaba estereotipado. Fiz filmes muito engraçados, como Os Normais 2 (2009), ou O Bem Amado (2010)… sem falar do teatro e, principalmente, da televisão. Mas o bom é experimentar mais, ousar mais. Não ficar preso somente a um gênero. Foi um dos motivos de ter aceitado fazer Bruna Surfistinha, queria fazer algo diferente, com essa pegada polêmica, mas nada gratuito, tudo foi muito cuidado, estudado. E a comédia pode estar em tudo, o bom humor sempre tem espaço. Basta saber lidar com ele.
Com Claudia Liz e Adriana Esteves em "As Meninas"
De todas as suas experiências no cinema, qual mais te marcou?
É difícil não pensar em Bruna Surfistinha, por tudo que esse filme representou nessa etapa da minha vida. Mas tem um filme que gosto muito, que é o As Meninas, baseado no romance da Lygia Fagundes Telles, com a Adriana Esteves e a Cláudia Liz. É um filme muito brejeiro, simpático, aquela coisa querida que ficou na memória. Tem um visual antigo, mas aconchegante, acolhedor. Teve também o Bossa Nova, com o Bruno Barreto, o Antonio Fagundes, a Amy Irving… esse foi bem bacana também, até porque tinha aquele tom de romance, mas muito humor, muito leve. Gostaria de ter feito mais cinema, sou uma atriz muito bissexta. Acho sempre que sou a última opção, que os diretores só me chamam quando não conseguiram mais ninguém (risos).
Entrevista feita por telefone no dia 06 de junho de 2012.
Fonte:
http://www.papodecinema.com.br/entrevistas/a-volta-por-cima-de-drica-moraes
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