Divulgação: Nil Caniné
Drica Moraes volta a sorrir nos palcos
A Primeira Vista fala de amizade e tem forte influência da cultura pop
Após vencer a leucemia que a afastou da carreira desde o início de 2010, Drica Moraes finalmente volta a atuar. Famosa graças aos trabalhos em Os Normais 2, O Bem Amado, Queridos Amigos, Chocolate com Pimenta e Alma Gêmea, a atriz está junto de Mariana Lima na comédia A Primeira Vista.
A peça, escrita pelo canadense Daniel MacIvor e dirigida por Enrique Diaz, está rodando o Brasil com um enredo que aborda a amizade de duas personagens em meio a encontros, desencontros e reencontros. Na história, a dupla, apaixonada por música, chega a montar uma banda – o que exigiu preparo extra para as atrizes poderem tocar baixo, guitarra e ukelelê. Os cariocas poderão conferir a peça nos dias 14 a 17 de junho, no Teatro Poeira. Em 23 e 24 do mesmo mês, é a vez de Porto Alegre (RS) receber as atrizes, no Theatro São Pedro.
O Vamos Rir Mais falou com Drica sobre o espetáculo, a relação com suas personagens e a vida pós-leucemia. Confira:
Vamos Rir Mais – Você é bem-humorada como os papéis de comédia que costuma fazer?
Drica Moraes – Olha, costumo fazer o possível para me divertir. Claro que é mais uma utopia, um estado de alma, do que qualquer outra coisa, pois a vida também inclui as barras pesadas.
VRM – Na sua visão, o que é ter bom humor?
Drica – Não ser chegada a uma “deprezinha” diária. Saber sair da reta quando as angústias típicas do cotidiano querem te devorar. E quando isso acontece, saber dar uma paradinha, respirar fundo e poder mudar o foco.
VRM – A Primeira Vista aborda a relação de amizade entre duas mulheres com suas lembranças do passado. De que forma mergulhar em uma personagem muda a forma como o ator se enxerga e age no dia a dia?
Drica – As personagens são espelhamentos nossos. Do que já existe lá dentro. Você pode até tirar proveito dessa conexão e tentar ver questões pessoais por um novo ângulo.
VRM – A vida de sua personagem e da personagem de Mariana Lima é bastante permeada pela música. Qual a sua relação com a música?
Drica – Sempre curti música. Cheguei a estudar piano na adolescência e fiz muitos musicais com orquestra ou banda ao vivo. Cheguei também a tocar um pianinho em cena na peça Pianíssimo. Esse texto do Daniel MacIvor traz duas personagens apaixonadas pelo rock e com a ambição de formar uma banda. Este foi também, de certo modo, o sonho da minha juventude.
VRM – Em 2010, você teve de enfrentar a leucemia. Agora que já passou pelo pior, como avalia a Drica de antes e a Drica de agora?
Drica - Sinto enorme prazer nas coisas simples da vida. Agradeço aos deuses porque sei que tive e tenho muito amor em volta, o que me sustenta. E a volta aos palcos, especificamente nesta peça, onde trabalhamos numa sintonia sofisticada, encharcada de emoção e humor, me traz muito acolhimento e alegria.
VRM – De que forma você acredita que seu trabalho pode impactar a vida das pessoas?
Drica - A Primeira Vista é uma peça que fala de amor, afeto e liberdade. Em incluir o diferente, em se deixar misturar com o outro. Fala também da passagem do tempo e de como podemos olhar para trás e nos reconhecermos incompletos, humanos e limitados. Fala do inexorável e do fim, sem drama.
Cartola – Agência de Conteúdo
Especial para o Terra
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