A atriz passava uma temporada em Londres quando o texto de Patrícia chegou até ela. Na peça, sua personagem é uma mulher que tem como profissão ler todos os jornais e catalogar as notícias numa tentativa de ordenar o mundo. “Passei um ano e oito meses morando em Londres para onde fui com o meu marido (o produtor cultural Raul Schmidt) e coincidentemente este é um texto bem londrino, chegou em boa hora”, analisa Drica Moraes.
DRICA MORAES: Essa peça da Patrícia Melo tem um humor rascante delicioso. Ela é uma especialista em classificar o caos mundial através de recortes de jornais. Isso é um pretexto para essa mulher falar do marido que não telefona, do filho que passeia de barco, enfim, falar da vida.
É verdade que antes de chegar a Patrícia Mello você leu vários textos?
DRICA MORAES: Todo o ator tem a busca de querer montar alguma coisa. Li muito teatro, literatura. Pensei em adaptar Guimarães Rosa, Clarice Lispector. Estava morando em Londres e me comunicava com amigos brasileiros pela internet. Foram eles que me levaram ao texto da Patrícia. Eu queria uma peça com pouco elenco, sem grande produções e esse monólogo caiu em boa hora.
E qual é a sua expectativa com o primeiro monólogo?
DRICA MORAES: Estou super feliz. Me sinto acompanhada em cena, com a luz, com o cenário, o figurino, tudo me ajuda. A platéia vai chegar e ficará feliz.
E como foi essa temporada em Londres?
DRICA MORAES: Morei lá durante um ano e oito meses. A temporada lá colaborou também para o conteúdo da peça. Essa mulher que tenta organizar o mundo, tem um humor muito inglês. Ela é muito caústica. Naquele momento, em Londres, o texto caiu perfeito!
Por que você foi para Londres?
DRICA MORAES: Meu marido estava indo para trabalhar e eu queria fazer o que não fiz com 15 anos: colocar a mochila nas costas e viajar. Lá estudei, viajei, conheci outros países, foi muito bom.
O Dia no Teatro
Drica Moraes escolheu A Ordem do Mundo, texto inédito de Patrícia Melo, que estréia dia 1º, no Teatro Clara Nunes. É o primeiro monólogo da carreira de Drica e aborda questões cotidianas e existenciais do ser humano contemporâneo sob a visão feminina. A personagem é uma pesquisadora, que tem como profissão fictícia ler todos os jornais e dar seu parecer (na foto, Drica segura o jornal O DIA). A direção é de Aderbal Freire-Filho e marca a primeira parceria da atriz com o diretor.
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