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sábado, 20 de setembro de 2008

A dona da história


Raquel Gonçalves
da Redação

A atriz Drica Moraes traz para o ceará o monólogo A Ordem do Mundo. Em entrevista ao Buchicho, ela fala sobre o espetáculo e sua carreira na televisão.
20/09/2008

Sobre o palco há 26 anos, a carioca Adriana Moraes Rego Reis chegou ao trabalho mais desafiador de sua carreira. Em seu primeiro monólogo, A Ordem do Mundo, dirigido pelo cearense Aderbal Freire-Filho, Drica vive Helena, uma personagem cheia de paranóias e com um desejo enorme de mudar o mundo. O espetáculo encerra hoje o 15º Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga e se apresenta amanhã em Sobral. A previsão é que ele faça temporada também em Fortaleza no próximo fim de semana. Nele, a personagem Helena revela um pouquinho da atriz, que diz estar vivendo um crescimento profissional violento neste papel. Drica Morais, como ficou conhecida, aos 39 anos, revela-se uma mulher simples, discreta, confiante, cheia de projetos e apaixonada pelo teatro.

Com um talento fascinante desde cedo, Drica estreou no teatro aos 13 anos em Os 12 Trabalhos de Hércules e fez Top Model, sua primeira novela, aos 19. Ainda criança, pensou em ser desenhista. A habilidade com o lápis estava entre as muitas de menina. Cantou, dançou, tocou piano, instrumentos de percussão, fez circo e até ginástica olímpica. Na adolescência, aos poucos, foi trocando estas atividades pelos palcos e se dedicando por inteiro a arte de atuar.

Leonina, de 29 de julho, Drica nasceu no Rio de Janeiro em 1969. Está casada com Raul Schmidt e não fala sobre sua vida privada. Tira o chapéu para o trabalho artístico de Matheus Nachtergaele e Malu Galli. Montou com os amigos seu próprio grupo de teatro, a Cia. de Atores. Em entrevista ao O POVO, por telefone, ela falou sobre sua trajetória profissional, teatro, televisão e seu novo espetáculo, A Ordem do Mundo.

O POVO - Além de atuar, você possui outras aptidões: cantar, dançar, tocar piano, instrumentos de percussão, circo, desenhar. A qual delas você se dedica com mais afinco?
Drica Moraes - Na verdade, essas minhas outras aptidões eu desenvolvia mais quando criança. Estou até com peso na consciência com essa pergunta... (risos). Eu desenhava e tocava quando era adolescente. Eu fiz uma peça onde eu tocava piano ao vivo. Pianíssimo, em 93, dirigida por Karen Accioly. Ganhei alguns prêmios com essa peça. Atualmente, faço somente atividade física. Eu corro e faço yoga.

OP - Você começou atuando aos 13 anos, no espetáculo Os 12 Trabalhos de Hércules, no qual foi possível mostrar seu talento. A partir de então, surgiram outros convites para novelas e seriados, mas sem abandonar o teatro. Como foi esta transição entre teatro e TV? Como você lida com estes dois meios?
Drica - Eu comecei no teatro. Fiz várias peças, ainda amadoras. Pelo próprio volume delas, acabei me profissionalizando. Minha mãe sempre tinha que pedir autorização do juizado, porque eu era menor, e aquela coisa toda. Com 19 anos, fiz minha primeira novela: Top Model. Daí começou essa vida híbrida. Logo depois, eu montei com uns amigos a Cia. de Atores. Éramos amigos de teatro, de tablado e então minha vida sempre foi distribuída entre as novelas e o teatro.

OP - Qual a diferença entre atuar na TV e no teatro?
Drica - São tantas as diferenças. Basicamente é a noção do todo. Na TV não se tem esta noção. A televisão tem uma tentativa de aproximar a interpretação do que é o próprio ator. A gente não cria tons de vozes diferentes dos nossos, não tem um jeito de caminhar diferente dos nossos, por exemplo. A técnica de interpretação naturalista se aproxima muito do cotidiano, de como as pessoas falam, se comportam, se vestem, se relacionam. Isso é uma facilidade da televisão. O difícil da TV é o volume de trabalho, que acaba sendo maior que no teatro. Não se tem fim de semana, não se tem feriado pelo número de horas que se grava, quando a gente está numa novela, por exemplo. No teatro, tem que trabalhar o instrumento vocal e o preparo físico. Você tem que ter um acompanhamento muito mais próximo do teu personagem. Isso te afasta do comportamento cotidiano atual. Você pode trabalhar com vários estilos de interpretações. Existem peças de várias ordens. Aquelas que você trabalha com o realismo fantástico, mímica, circo, musicais, melodrama, teatro-dança. Há um monte de tangentes. O teatro abraça mais variedades, mais estilos.

OP - A Ordem do Mundo, depois da estréia em março, no Rio de Janeiro, entrou em turnê pelo País. Qual a sua leitura desse espetáculo dentro da sua carreira?
Drica - Um monólogo é uma possibilidade de expandir todas as percepções sobre você mesma, refletir sobre sua profissão. Você supera seus limites e os respeita também, diariamente. É realmente um crescimento violento principalmente quando você escolhe estar ali. A Ordem do Mundo foi uma escolha legítima minha, portanto me traz um crescimento muito grande como artista, como gente, como profissional de teatro.

OP - Qual a semelhança entre a Drica Morais e a personagem Helena, de A Ordem do Mundo?
Drica - Helena é uma pessoa que tenta traçar a ordem no mundo com a leitura de jornais. Ela tem todos os problemas que nós temos. E tem vários aspectos tangentes a mim. Esse excesso de informação com que somos bombardeados, nossas limitações para transformar esse turbilhão em algo produtivo. É uma peça que trata do ser humano e tem total aversão também. Fala de impaciência. Ainda que eu seja paciente e tolerante, eu me identifico um pouco com essa característica. Acho que as ansiedades da personagem... A gente tem sempre um Lexotan ali perto para acalmar. Às vezes também sou adepta da tarja preta (risos).

OP - Quais suas expectativas para a turnê no Ceará?
Drica - Eu estou na maior expectativa, super ansiosa. Dentro da turnê, depois de Curitiba, é a primeira cidade grande. Quero saber como as pessoas vão reagir. Creio que é um tema que toca todos nós, principalmente as mulheres. Adoro Fortaleza, fui há muito tempo... Acho que em 90, 91 e nunca mais voltei. Vai ser um prazer retornar.

OP - Qual o papel mais desafiador de sua carreira?
Drica - Sem dúvida, A Ordem do Mundo. Parece que eu bati um recorde olímpico.

OP - Você aconselha jovens atores a iniciarem suas carreiras pelo teatro ou pela TV?
Drica - Talvez o teatro forme melhores cabeças na área, trabalhe mais as essências da atuação. A televisão traz um retorno mais imediato ao sucesso, mas, a longo prazo, ela não forma grandes artistas. O teatro é sempre um belo começo. Mas eu sou totalmente parcial porque eu vim do teatro. Então, tenho mais provas de bons artistas vindos do teatro do que da TV. Mas isso não deixa de ser um pouco de preconceito meu também.

OP - Você já recebeu convites da Record? Drica - Não. OP - Qual a sua avaliação da dramaturgia na Record?
Drica - Nem tenho acesso, não assisto. Ouço falar, mas não acompanho.

OP - Você fez muito sucesso na TV com papéis cômicos. Como você lida com esse gênero?
Drica - Eu adoro comédia. É delícia de fazer, tem a ver comigo, tem a ver com meu jeito, como eu encaro as coisas. É muito prazeroso. Mas sempre no bom contexto, cercada de pessoas boas. Comédia pela comédia, pra mim, não faz muito sentido. Tem que ser a comédia com o drama. Comédia no sentido do patético, do ridículo do ser humano. O ser humano em crise, com fatores que levem ao drama. O comediante trata esses temas rindo de si mesmo, em situações limites. Esse é o comediante. O ator dramático é aquele que se leva a sério. Você tem sempre que levar a sério, mas no fundo, tem um sorrisinho no canto de boca, rindo daquela situação.

OP - Você é uma pessoa discreta e que não gosta muito de assédio. Qual foi um dos maiores inconvenientes que você já teve com a imprensa?
Drica - Não tenho tantos, não. Eu fujo muito, não apareço muito nos lugares. Acho que só é invadido quem procura. Quando você não procura, você não sofre essa ressaca. Geralmente, quando você está mais em evidência, numa novela, a coisa piora. Mas comigo é muito tranqüilo. Eu, que faço novelas esporadicamente, não sinto tanto.

OP - Quais personagens você teve maior reconhecimento do público nas ruas?
Drica - Chocolate com Pimenta, em que eu fazia uma caipira, O Cravo e a Rosa, Os Aspones.

OP - Quais são seus planos e projetos para 2009?
Drica - Carregar A Ordem do Mundo pra São Paulo no primeiro semestre. Tem um projeto embrionário de um seriado na Globo, mas ainda não dá pra falar muito não. Será algo em torno de seis episódios. Posso dizer somente que é algo do núcleo do Guel Arraes e do Jorge Furtado, com um elenco bem legal.

SERVIÇO A ORDEM DO MUNDO - Hoje (20), às 20h30min, no Teatro Municipal Rachel de Queiroz, em Guaramiranga.
Ingressos: R$ 15 (inteira) e R$ 7,50 (meia). Info: (85) 3321 1270.
Amanhã (21) a apresentação acontece às 20 horas no Teatro São João, em Sobral. Os ingressos são gratuitos e serão distribuídos na bilheteria uma hora antes do espetáculo. Info: (88) 3611 2712. Está prevista uma temporada do espetáculo em Fortaleza no próximo fim de semana (dias 26, 27 e 28/9), no Teatro Celina Queiroz (Unifor). A confirmar. Info: (85) 3477 3033

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Caderno 3- As ordens do mundo


Com direção do cearense Aderbal Freire-Filho, atriz Drica Moraes encerra amanhã XV Festival de Guaramiranga



Depois de nove dias de programação, com apresentação de 40 diferentes montagens, o Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga fecha amanhã as cortinas de mais uma edição.
Para a noite de encerramento, está confirmada a visita da atriz Drica Moraes. Em cena, a partir do texto da escritora paulista Patrícia Melo — famosa por seus romances policiais e incursões pelo cinema, em filmes como “O homem do ano” (2003) e “O Xangô de Baker Street” (2001) — e direção do cearense Aderbal Freire-Filho, ela vive e sofre as dores de Helena. “Uma mulher obstinada em organizar o mundo, ordenando as informações, separando o que é bom do que é ruim”, resume a intérprete, em entrevista por telefone.

Em seu primeiro monólogo, Drica Moraes diz que sua personagem a seduziu, sobretudo, pela contemporaneidade de seu perfil.“Ela é isso tudo que nós todos somos. A minha personagem, quando se dispõe a organizar o mundo, na verdade, está querendo organizar seu mundo interior. Ela vive um caos pessoal que nos aproxima atualmente”, considera. Em “A ordem do mundo”, a dramaturgia de Patrícia Melo dá conta de uma realidade que parece não conviver bem consigo própria. Helena tem como trabalho — uma missão de vida, isso, sim — a responsabilidade por catalogar as informações publicadas pelos jornais, procurando, no popular, separar o joio do trigo. Infelizmente, o resultado não é lá muito proveitoso.“A gente lê diariamente quilos e quilos de jornal e essa informação toda não nos serve de nada. É como se o mundo fosse o mesmo dia após dia. Os escândalos se repetem, as guerras também parecem todas iguais... A gente meio que convive com uma certa frustração com essa ordem do mundo em que a gente aparentemente sabe muito, tem muita informação, mas tem pouco resultado prático de todo esse excesso”, justifica Drica Moraes.

Para além dessa angústia comum, a atriz observa que a peça adquire grande comunicabilidade com a platéia pelo fato de Helena ser uma personagem de hábitos corriqueiros.“Embora ela tenha essa pretensão de salvar o mundo. Para a Helena, a função que ela exerce é extremamente importante e necessária, ela é uma pessoa que sofre essas dores nossas do dia-a-dia”, pontua. “Enquanto ela se esforça em ordenar a humanidade, praticamente se perdendo em meio a pilhas e pilhas de jornal, se sentindo praticamente uma cientista, ela sofre com a demora do filho em voltar para casa, com o namorado que não liga e até com uma unha quebrada. Ela é uma mulher normal, que faz do mais banal um recurso de reflexão científica”, completa Drica Moraes.

Com muito humor, marca central de sua performance, a atriz tem arrancado aplausos por todo o Brasil com “A ordem do mundo”. Desde a estréia no último Festival de Teatro de Curitiba, em março, o espetáculo cumpriu temporadas seguidas no Rio de Janeiro, cruzando Capital e Interior do Estado. No Ceará, a montagem crupe percurso semelhante, passando por Guaramiranga já com agenda confirmada para Sobral (Teatro São João) e Fortaleza (Teatro Celina Queiroz, da Universidade de Fortaleza).

ENTREVISTA DRICA MORAES*

A gente lê quilos de jornal e essa informação não serve de nada´

O que está em jogo no momento em que um ator decide por um monólogo?

DM: O monólogo é um dos maiores desafios que o ator se impõe. Estar sozinho em cena, contracenar consigo próprio, exige muito do ator. Quando comecei a produzir “A ordem do mundo”, não estava interessada necessariamente por um monólogo. Queria uma peça de poucos personagens. Mas acabei me encantando pelo texto da Patrícia Melo. Essa mulher que ela põe em cena carrega um problema tão contemporâneo que resolvi aceitar esse desafio.

No espetáculo, sua personagem meio que funciona como uma crítica à tal sociedade da informação...

DM: Ela é isso tudo que nós todos somos. A gente lê diariamente quilos e quilos de jornal e essa informação toda não nos serve de nada. É como se o mundo fosse o mesmo dia após dia. Os escândalos se repetem, as guerras também parecem todas iguais... A gente meio que convive com uma certa frustração com essa ordem do mundo em que a gente aparentemente sabe muito, tem muita informação, mas tem pouco resultado prático de todo esse excesso. A minha personagem, quando se dispõe a organizar o mundo, na verdade, está querendo organizar seu mundo interior. Ela vive um caos pessoal que nos aproxima atualmente.

“A ordem do mundo” tem direção do cearense Aderbal Freire-Filho. Como foi a parceria de vocês?

DM: A melhor possível. O Aderbal é hoje o melhor diretor de teatro deste País. Foi uma honra trabalhar com ele. A direção do Aderbal é muito ágil e muito generosa. Ele tem uma consciência muito grande das nossas possibilidades e limitações como ator. No meu caso, por exemplo, nós trabalhos muito uma certa desnaturalização da personagem. A televisão, onde tenho trabalhado mais recentemente, apesar de fazer parte da Companhia dos Atores há mais de 20 anos, torna a nossa postura muito naturalista e o Aderbal me exigiu uma mudança nesse sentido. Com isso, a peça assume uma outra dimensão.

*Atriz

MAGELA LIMA
Repórter

Fonte: Diário do Nordeste

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Drica Moraes bota "Ordem no Mundo" e público aprova


Publicada em 13/09/2008 às 10h53m / Adriana Freitas

ANGRA DOS REIS - Notícias sobre mortes, crimes, tragédias e corrupção... Pilhas de jornais que narram os mais variados acontecimentos da atualidade são os instrumentos de trabalho de uma pesquisadora que pretende entendê-los. Para, posteriormente, tentar encontrar equações que definam regras e uma lógica entre os fatos - nada menos megalomaníaco do que propor "A Ordem do Mundo". Este é o título do primeiro monólogo estrelado pela atriz Drica Moraes que lotou a tenda Transpetro, na noite de sexta da Fita.

Confira a fotogaleria de "A Ordem do Mundo"

Numa excelente atuação, Drica faz a platéia pensar, rir e até mesmo se questionar pelo papel desempenhado por cada um no mundo de hoje.

- Somos bombardeados continuamente por um excesso de informação. E não sabemos direito o que fazer com tudo isso, o que gera uma ansiedade e um distanciamento. Todo o avanço tecnológico de hoje também conduz a uma perda de identidade - disse após o espetáculo, em seu camarim.

Para ela, a peça (com texto de Patrícia Melo e dirigida por Aderbal Freire-Filho) é também uma homenagem às mulheres.

- Minha personagem encarna vários tipos femininos. É um gira, depois de um monólogo qualquer um pode abrir um terreiro de umbanda - brinca.


Drica Moraes faz Angra rir e refletir

No monólogo "A Ordem do Mundo", consagrada atriz interpreta uma pesquisadora que quer entender e resolver as mazelas do dia-a-dia


Fonte: O Globo


quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Agenda Próximas Apresentações


Dia 12 de setembro - Festival de Angra dos Reis

Dia 20 de setembro - Festival de Guaramiranga (Ceará)

Dia 21 de setembro - Sobral (Ceará)

De 02 a 26 de outubro - Centro Cultural Banco do Brasil ( Brasília)

Dias 04, 05 e 06 de novembro - Vitória

Dias 15 e 16 de novembro - Goiânia

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Drica Moraes em Guaramiranga


Drica Moraes leva “A ordem do Mundo” para Guaramiranga, Ceará

“A ordem do mundo” é o espetáculo que marcará a noite de encerramento do 15º Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga, sábado, dia 20, às 20:30h. No palco do Teatro Municipal Rachel de Queiroz, Drica Moraes, em seu primeiro monólogo de Drica Moraes. A peça é uma comédia dramática de Patrícia Melo,
com direção de Aderbal Freire Filho, que teve estréia em março deste ano no Teatro da Reitoria, por ocasião do Festival de Curitiba. No espetáculo, questões cotidianas e existenciais do ser humano contemporâneo são expostas na ótica feminina. Drica interpreta Helena, uma pesquisadora, responsável por organizar todos os fatos que ocorrem no planeta, catalogando e arquivando recortes de manchetes e notícias.

No texto são tratados temas de economia, política, desastres ambientais,
obituários, atentados internacionais e tudo o mais que estiver em pauta. O
cenário de Fernando Mello da Costa mistura elementos antigos com futuristas.
A pesquisadora trabalha em uma espécie de repartição pública abandonada,
onde pilhas de jornais e câmeras a envolvem. Seus movimentos são
reproduzidos em monitores de televisão. “A ordem do mundo” tem figurino de Marcelo Olinto, iluminação de Maneco Quinderé, direção musical de Marcelo Nevez e direção de produção de Cláudia Marques.

O Festival Nordestino de Teatro é uma realização da Associação dos Amigos da
Arte de Guaramiranga. Patrocínio: Oi. Apoio Cultural: Oi Futuro, Banco do
Nordeste, Governo Federal, Coelce e Governo do Estado do Ceará. Parceiros:
Sesc, Fecomércio, O Povo, Sebrae e SENAC Guaramiranga. Apoio Institucional:
Prefeitura de Guaramiranga e Teatro José de Alencar. Supervisão de Produção:
Via de Comunicação e Cultura.

Serviço

15º Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga (FNT) –
De 12 a 20 de setembro de 2008 em Guaramiranga, CE.

Informações sobre o Festival:
0**85.3262.7230 (antes do FNT)
e 0**85.3321.1190 (Secretaria do FNT em
Guaramiranga).

Fonte:agenciafm

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Drica Moraes em Angra com a peça "A ordem do Mundo"


Em seu primeiro monólogo, Drica Moraes encarna uma pesquisadora que tem como profissão fictícia ler todos os jornais, analisar e classificar as notícias, numa tentativa de entender e ordenar o mundo. Dirigida por Aderbal Freire-Filho, "A Ordem do Mundo" traça um panorama bem-humorado e corrosivo da sociedade atual sob a ótica de uma mulher contemporânea apontando para o futuro.
Data: 12 de setembro
Horário: 21h
Local: Tenda TRANSPETRO
Preço: R$ 5,00 a R$ 30,00 inteira
Duração: 70 minutos
Classificação :12 anos
Fonte: Site Fita 2008



Teatro Reunido em Angra


O maior evento relacionado ao teatro no Estado do Rio e um dos maiores do País, a Festa Internacional do Teatro em Angra (Fita) torna a cidade praiana ainda mais atrativa durante duas semanas. Desde 2004, a cidade – que passou a ser conhecida como capital do teatro no Rio de Janeiro – respira cultura com a Fita. Nesse ano, sua quinta edição promete muita novidade para todas as idades.

De 6 a 21 deste mês a programação soma quase 50 espetáculos. Entre os nomes de destaque na área que têm presença garantida em Angra estão Marcelo Faria, Carol Castro, Drica Moraes, Débora Falabella, Jonas Bloch e Roberto Bomtempo. A abertura do evento conta com Bibi Ferreira, na peça Às favas com os escrúpulos. "É como se eu estivesse recomeçando, apesar de tantos anos de estrada. O que é muito instigante na profissão. Isso se chama amor ao teatro", declara Bibi, que diz ser um imenso prazer estar na Fita.

"Em primeiro lugar, acho válido e bato palmas para qualquer iniciativa nesse sentido, de se fazer festivais e levar cultura às pessoas. O Fita ganha força a cada ano e fico muito feliz em contribuir para que o festival ganhe mais espaço", afirma a atriz.

Além dessas personalidades, peças de peso farão parte do evento, algumas delas são: Curtas, A ordem do mundo, Mamãe não pode saber, A mulher que escreveu a Bíblia e Dona Flor e seus dois maridos.


Fonte: O Fluminense



quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Tentando organizar o caos total


Em ‘A ordem do mundo’, Drica Moraes busca entender a vida pelos jornais.
Quem nunca pensou em colocar ordem em meio ao caos diário? Esse é o objetivo de Drica Moraes no espetáculo A ordem do mundo, que será encenado no Sesc São Gonçalo sábado e domingo, às 20h.
No monólogo, a personagem tenta ordenar e interpretar o mundo a partir do que lê em jornais. O texto de Patrícia Melo aborda as questões cotidianas que afligem grande parte da população sob a visão feminina.
Na peça, dirigida por Aderbal Freire-Filho, a personagem é uma mulher contemporânea culta e inteligente, que trabalha como pesquisadora e lê todos os jornais, analisando e classificando o conteúdo. Todos os assuntos são fontes de trabalho: economia, política, meteorologia, desastres ambientais, obituários, atentados internacionais e o que mais estiver em pauta na edição do dia. Apesar de ser muito pessimista, ela vê o mundo com humor corrosivo e sarcástico.
Dividida entre a vida profissional e pessoal, acaba se utilizando dos mesmos critérios usados no trabalho para fazer uma análise de suas situações cotidianas, das questões familiares e dos relacionamentos amorosos.Crítica à sociedade.
Já o cenário da peça mistura elementos antigos, novos e futuristas. O local de trabalho da personagem é misterioso, lembrando tanto uma repartição pública quanto um escritório abandonado. Observada o tempo todo por câmeras que reproduzem os seus movimentos por monitores de televisão, a personagem trabalha entre pilhas e pilhas de jornais espalhados pelo local. A ordem do mundo traça um panorama bem-humorado e corrosivo da sociedade atual sob a ótica de uma mulher contemporânea apontando para o futuro.
A autora Patrícia Melo faz, em quase todos os seus textos, uma reflexão sobre o mundo moderno e, principalmente, sobre a mente humana e seus trejeitos.
Patrícia tem vários títulos publicados, entre eles O matador, que se tornou um filme de sucesso estrelado por Murilo Benício em 2003, com o nome de O homem do ano, onde a autora conta a história de um homem totalmente sem graça, mas que mata por acaso um dos mais perigosos traficantes do local e passa a ser agraciado por isso. Ele gosta da bajulação e, realmente, se transforma em um matador. Esta é a terceira peça escrita por Patrícia Melo. A primeira foi Duas mulheres e um cadáver, de 2000, também com direção de Aderbal Freire-Filho. A segunda A caixa, escrita em 2003.

Fonte: JB Online -

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Drica no programa Irritando Fernanda Young


O "Irritando Fernando Young" deste domingo, dia 31, à meia-noite, recebe a atriz Drica Moraes, que fala sobre carreira, solidão, casamento e timidez. Logo no início do bate-papo, Fernanda quer saber se é verdade que a atriz está morando em Londres com um milionário inglês e Drica se espanta: "Não é milionário e não é inglês. É brasileiro, um homem que vive do seu trabalho, teve grandes oportunidades na vida, viajou o mundo todo, mas é um trabalhador. Rala muito o terno dele". E completa: Estamos juntos há quatro anos e eu fui morar em Londres com ele, passei dois anos lá". Drica é assumidamente tímida e revela que usa a comédia e o ridículo na atuação para esconder sua inibição: "Tem que ter anticorpo para a timidez porque você é tímida e ao mesmo tempo é exibida. Olha o abismo que existe dentro dessa pessoa!", confessa. No quadro Xingamento Universal, Drica tem que escolher entre os termos Caxaruca e Schvontz qual deles se encaixa como um "palavrão" a ser compreendido em qualquer idioma. No Hipoteticamente Falando, a atriz tem que escolher entre duas situações imaginárias: ser acusada de racista ou de ladrão. No Paca, pouco ou picas, ela revela não gostar de gente que grita "gol" na janela, mas que pára para ver um beijo no meio da rua. Fernanda pergunta se Drica está cansada de fazer monólogo, mas a atriz garante que ama a solidão: "Eu morei dois anos em Londres e as pessoas diziam que eu ia ficar muito só, ninguém ia me reconhecer e que eu não ia ter amigos. Eu não senti nada disso. Eu adorei não saber quem eu era, eu adorei andar sozinha pelas ruas por dois anos, eu conheci o mundo". Drica ainda revela ser boa na cozinha e que costuma preparar cuscuz marroquino, moqueca capixaba - ensinada pela mãe - e massas. Porém, a comida do dia-a-dia passa longe de seu fogão. Além disso, Drica diz adorar a lua cheia e confessa que fica bastante sexualizada nessa época. Por fim, a apresentadora e a convidada conversam sobre o tão famoso relógio biológico e Drica fala que tem sorte com o seu, já que atualmente tem mais facilidade de emagrecer do que há alguns anos. Irritando Fernanda Young no ar todos os domingos, à meia-noite no GNT.
Por: Redação

VÍDEOS:

Parte 1

Parte 2

Parte 3 ( final )

Cena que não foi ao ar pela GNT



Catálago de programação

Teatro - Espetáculos: "A Ordem do Mundo"

Espetáculo de Patrícia Melo, direção de Aderbal Freire-Filho, com Drica Moraes.

A comédia dramática A ordem do mundo, de Patrícia Melo, é o primeiro monólogo da atriz Drica Moraes e aborda questões cotidianas e existenciais do ser humano contemporâneo sob a visão feminina.


A personagem é uma pesquisadora que tem como profissão fictícia ler todos os jornais, analisar e classificar as notícias, numa tentativa de entender e ordenar o mundo. Dividida entre a vida profissional e pessoal, ela acaba se utilizando dos mesmos critérios usados no trabalho para análise de suas situações cotidianas, das questões familiares e dos relacionamentos.


A atriz: Drica Moraes
Participou da fundação da Cia. dos Atores como diretora de arte e desde então atua no elenco de vários espetáculos da Cia. Fora dela, Drica recebeu os prêmios Mambembe e Coca-Cola por sua atuação em Mamãe não pode saber, O crime do Dr. Alvarenga e Segredo de Cocachim. Participou dos musicais Vitor ou Vitória, Pixinguinha, Ary Barroso, Lamartine Babo e Pianíssimo, conquistando o prêmio Mambembe de melhor atriz.


Na TV, Drica participou da Comédia da Vida Privada, Os Normais, A Grande Família e Os Aspones. Atuou também nas novelas Alma Gêmea, O Cravo e a Rosa, Chocolate com Pimenta e Xica da Silva (onde ganhou o prêmio APETESP de melhor atriz), entre outras. No cinema, participou dos filmes: Onde anda você?, Amores possíveis, Bossa Nova, Traição, O Mandarim e As Meninas.


FICHA TÉCNICA
Texto: Patrícia Melo
Direção: Aderbal Freire Filho
Elenco: Drica Moraes
Cenário: Fernando Mello da Costa
Figurino: Marcelo Olinto
Iluminação: Maneco Quinderé
Direção Musical: Marcelo Neves
Direção de Produção: Cláudia Marques
Realização: Jaya Produções Artísticas Ltda.

Classificação etária: 14 anos

Local:Sesc São Gonçalo
Data:6 e 7/9
Horário: 20h
Preços:. R$10(inteira), R$5(comerciários )
Duração:70 min

Fonte: SescRj

“A ordem é a lei do universo e o caos é a realidade do mundo"


Monólogo retrata a visão pessimista e ansiosa de uma pesquisadora sobre as notícias do mundo
Reportagem Anna Emília Soares
Edição Giovana Neiva
Monólogo da Mostra Contemporânea, A Ordem do Mundo, que estreou seu circuito de apresentações no Festival, gira em torno de Helena, uma pesquisadora ansiosa que tem como atividade profissional ler todas as notícias veiculadas diariamente na mídia impressa – para depois refletir e opinar sobre elas.

Interpretada magistralmente pela global Drica Moraes, Helena não foge da comicidade típica da atriz – comicidade essa que vem à tona quando a pesquisadora resolve ‘examinar’ suas situações cotidianas da mesma forma com que analisa as matérias dos jornais.

Contaminada pelo pessimismo dos meios de comunicação, a pesquisadora escancara seu olhar negativo sobre tudo que lhe cerca – relacionamentos amorosos, amizades, rotina. Sua dicção extremamente rápida e sem tréguas dá ares de humor ao monólogo. Mas o espetáculo é uma comédia dramática, como foi divulgado. Seu humor é ácido e por vezes (propositalmente) incômodo.

Em determinado momento da montagem, entre pilhas de periódicos que deverão ser separados por assunto, Helena se angustia ao perceber que a ‘categoria morte’ é imensamente maior que a ‘categoria vida’. Sozinha em seu escritório caótico, sem café e sem suas pílulas calmantes, a personagem chega ao ápice de seu pessimismo e opina: “a ordem é a lei do universo e o caos é a realidade do mundo”.

Talvez numa tentativa de evitar que a apresentação fosse cansativa, as falas de Helena foram dispostas sempre permeadas por comentários sarcásticos. Quando dá seu parecer sobre a violência, por exemplo, a pesquisadora defende que assassinato não é um problema social, mas sim uma epidemia do mundo contemporâneo. “Matar uma pessoa para assaltar é coisa de terceiro mundo. Nos Estados Unidos se mata aos punhados e sem motivo algum”, explica a personagem sentada num mar de jornais.

A Ordem do Mundo tem todos os ingredientes necessários para fazer sucesso: texto fluído, uma ótima atriz e assunto de jornais, que segundo Helena, querem atirar o mundo todo em cima de nós.

Fonte: Jornal Comunicação

Notícias de jornal em um universo de desordem

Drica Moraes enfrenta a burocracia para encenar ‘A ordem do mundo’

As pilhas de jornais que cercam a atriz Drica Moraes aí ao lado fazem parte do cenário de A ordem do mundo, monólogo que estréia no dia 1º, no Teatro Clara Nunes. Mas podem servir de metáfora à papelada com que a atriz teve de lidar até pôr o espetáculo de pé: os textos que leu até chegar à peça de Patrícia Melo; o cipoal burocrático enfrentado para ganhar sinal verde pela Lei Rouanet; e o dinheiro que tirou da poupança para bancar a produção. Quantia que preferiu não revelar.

– Dei entrada para me habilitar pela Lei Rouanet em junho. Mas só em março consegui a aprovação para correr atrás de patrocínio. Então, tirei dinheiro da poupança e botei na peça. Mas estou muito feliz de estar sendo a Robin Hood do teatro – conta Drica, que pela primeira vez tirou dinheiro do bolso para bancar um espetáculo.

Feliz como uma dondoca na Daslu com cartão de crédito ilimitado. Mas o shopping de Drica é outro. E o cartão poderia estourar. Por isso, a atriz procurou um espetáculo que não tivesse ares de superprodução e com poucos atores. Nas suas palavras, uma peça portátil. Quando pôs os olhos em A ordem do mundo, decidiu-se pelo texto. Em Londres, onde passou uma temporada de um ano e oito meses, comprou o pré-direito da obra. De lá também fez contato com o diretor Aderbal Freire-Filho, antigo sonho de consumo, que não só topou como contou a Drica que já conhecia a peça.

– Escolhi fazer à moda antiga: com um superdiretor e com cenário. Hoje em dia as peças não têm cenário. Botam um pano preto porque não há dinheiro. Disse para Aderbal que era algo carmático; para ele fazer – lembra.

A história que encantou Drica é sobre uma mulher, culta e inteligente, cujo trabalho é ler todos os jornais, analisar e classificar as notícias, numa tentativa de entender e ordenar o mundo. Nenhum assunto escapa ao seu humor corrosivo e sarcástico: política, economia, obituários, atentados internacionais. O mesmo humor que usa para avaliar as situações que vive no dia-a-dia, questões familiares e relacionamentos amorosos. Uma certa indefinição de estilo também atraiu a atriz,

– É uma peça que não dá para definir como comédia, nem como drama ou como tragédia. Mas em poucos segundos a gente percebe que a personagem está falando de algo muito reconhecível. Ela tenta botar ordem no mundo ao mesmo tempo em que sua vida vai entrando em profunda desordem – explica.

Aderbal ajudou na identificação e na construção dessa personagem multifacetada. Drica conta que o diretor distinguiu cinco diferentes maneiras de interpretação: "Um pouco de humor de costumes, um pouco de comédia de costumes, um pouco de cientista (um texto um pouco mais árido, mais jornalístico), um tônus interpretativo mais ligado a essa linha de modelos e manequins que há hoje (que é uma tendência). Há também ela em ação mesmo, operária, e ela mãe, mulher". Durante os ajustes finos que eram feitos nos ensaios, diretor e atriz calibravam o ritmo da personagem.

– Fazia o espetáculo numa hora e meia. Disse ao Aderbal que não dava para ter um monólogo com essa duração. As pessoas iam jogar tomate em mim. Ele me respondeu: "Se vira". O ritmo é a personagem. Se você fizer ela mais rápida, vai descobrir o espírito dela. Agora faço em uma hora e cinco minutos – comemora.

Fonte: Jornal do Brasil - 27/04/08

Drica Moraes escreve sobre seu primeiro monólogo nos palcos


TEATRO


Primeiro monólogo da carreira da atriz Drica Moraes, "A ordem do mundo", de Patricia Melo, estreou na última quinta-feira, no Teatro Clara Nunes, na Gávea. Dirigida por Aderbal Freire Filho, a atriz interpreta a pesquisadora Helena, uma mulher contemporânea, culta e inteligente, que tem como profissão fictícia ler todos os jornais, analisar e classificar as notícias, numa tentativa de entender e ordenar o mundo.




A pedido do PatriciaKogut.com, Drica fotografou os bastidores de um dos últimos ensaios antes da estréia. Ela também escreveu um texto especial para o site, falando sobre a montagem.



"Por que?


Por ter encontrado um texto que me instigou, em grande parte, por não tê-lo classificado de cara como comédia ou drama, mas como bom teatro.
Porque você escolhe as pessoas com quem trabalha e se dá certo, você ganha amigos eternos.


Porque ao mesmo tempo em que você se pergunta todos os dias porque se meteu naquilo, tem fé profunda de que vale a pena.
Porque é sempre bom fazer teatro, o máximo que pode acontecer é o público não gostar, a bilheteria ser ruim, mas você está lá, no que escolheu pra você.



Porque a gente pode e deve fazer "em casa", aquilo que a gente faz "na rua".
Porque, por ser um monólogo, eu tenho a grande oportunidade de estar comigo mesma, ou melhor, a minha "outra".
Por ter tido a chance de polir o meu cristal de atriz com um dos maiores diretores do teatro brasileiro.
Para crescer, expandir, alargar minhas capacidades artísticas.
Porque teatro é um processo químico delicioso.
Porque, apesar de ser monólogo, tem uma equipe maravilhosa que não me deixa sozinha em cena.


Por ter ao meu lado um grande produtor, que além de tudo é meu marido, que eu amo muito e que me ama também, que me pegou pela mão e disse: 'vamos nessa!'

Fonte: O Globo - 03/05/08



Entrevista com Drica Moraes

Depois de Vânia, da minissérie “Queridos Amigos” , Drica Moraes está de volta. Desta vez, não na TV, mas nos palcos. Na quinta-feira, 1º, a atriz estréia no Teatro Clara Nunes, no Rio, a peça “A Ordem do Mundo”. O espetáculo, escrito por Patrícia Melo, é o primeiro monólogo da carreira de Drica, que é dirigida por Aderbal Freire-Filho.

A atriz passava uma temporada em Londres quando o texto de Patrícia chegou até ela. Na peça, sua personagem é uma mulher que tem como profissão ler todos os jornais e catalogar as notícias numa tentativa de ordenar o mundo. “Passei um ano e oito meses morando em Londres para onde fui com o meu marido (o produtor cultural Raul Schmidt) e coincidentemente este é um texto bem londrino, chegou em boa hora”, analisa Drica Moraes.
EGO: Como é “A Ordem do Mundo”?
DRICA MORAES:
Essa peça da Patrícia Melo tem um humor rascante delicioso. Ela é uma especialista em classificar o caos mundial através de recortes de jornais. Isso é um pretexto para essa mulher falar do marido que não telefona, do filho que passeia de barco, enfim, falar da vida.

É verdade que antes de chegar a Patrícia Mello você leu vários textos?
DRICA MORAES:
Todo o ator tem a busca de querer montar alguma coisa. Li muito teatro, literatura. Pensei em adaptar Guimarães Rosa, Clarice Lispector. Estava morando em Londres e me comunicava com amigos brasileiros pela internet. Foram eles que me levaram ao texto da Patrícia. Eu queria uma peça com pouco elenco, sem grande produções e esse monólogo caiu em boa hora.

E qual é a sua expectativa com o primeiro monólogo?
DRICA MORAES:
Estou super feliz. Me sinto acompanhada em cena, com a luz, com o cenário, o figurino, tudo me ajuda. A platéia vai chegar e ficará feliz.

Divulgação/Divulgação
A atriz em cena cercada de jornais, os objetos de trabalho de sua personagem


E como foi essa temporada em Londres?

DRICA MORAES: Morei lá durante um ano e oito meses. A temporada lá colaborou também para o conteúdo da peça. Essa mulher que tenta organizar o mundo, tem um humor muito inglês. Ela é muito caústica. Naquele momento, em Londres, o texto caiu perfeito!

Por que você foi para Londres?
DRICA MORAES:
Meu marido estava indo para trabalhar e eu queria fazer o que não fiz com 15 anos: colocar a mochila nas costas e viajar. Lá estudei, viajei, conheci outros países, foi muito bom.

Fonte: Site Ego



O Dia no Teatro


Drica Moraes escolheu A Ordem do Mundo, texto inédito de Patrícia Melo, que estréia dia 1º, no Teatro Clara Nunes. É o primeiro monólogo da carreira de Drica e aborda questões cotidianas e existenciais do ser humano contemporâneo sob a visão feminina. A personagem é uma pesquisadora, que tem como profissão fictícia ler todos os jornais e dar seu parecer (na foto, Drica segura o jornal O DIA). A direção é de Aderbal Freire-Filho e marca a primeira parceria da atriz com o diretor.

Fonte: O Dia

Pré- estréia "A Ordem do Mundo" - Rio de Janeiro


A pré-estréia do monólogo de Drica Moraes, A Ordem do Mundo, ocorreu na última quarta, dia 30, no Teatro Clara Nunes, no Rio de Janeiro. A peça estreará nesta quinta, dia 1 de maio.


Os pais da atriz fizeram questão de prestigiar o trabalho da filha.















Fonte: Estrelando - 30/04/08

Drica Moraes recebe famosos durante estréia no RJ

Kadu Ferreira
Cláudia Abreu, Malu Valle, Malvino Salvador, Drica Moraes, Paula Burlamaqui e Vera Zimmerman

Celebridades prestigiaram a estréia da atriz Drica Moraes no monólogo “A ordem do mundo”, que aconteceu nesta quarta-feira (30), no Teatro Clara Nunes, no Shopping da Gávea, RJ. Paula Burlamaqui, uma das primeiras a chegar, elogiava a amiga que, pela primeira vez, protagoniza um monólogo: “Ela já está pronta. Pode fazer todos os monólogos do mundo”. A loura só se esquivou ao ser perguntada sobre o novo affair, Bruno Jones, com quem foi vista aos beijos recentemente. “Não falo sobre isso”, disparou.

O monólogo

No espetáculo, a personagem de Drica Moraes vive uma especialista em classificar o caos mundial através de recortes de jornal. Cláudia Jimenez, que chegou acompanhada de Rodrigo Pavanello, revelou que já conhecia o texto. “O monólogo é um teste para a própria atriz sacar seus limites, porque não existe um colega para servir de bengala.

Malvino Salvador, que veio direto de São Paulo para prestigiar Drica e chegou ao teatro carregando uma mala, contou que em breve também estará nos palcos. “Vou começar a ensaiar uma peça da Fernanda Young baseada no primeiro livro dela, “Vergonha dos meus pés”. Encarno vários personagens e a estréia está marcada para julho”, disse o ator.

Sobre a responsabilidade de estrelar um espetáculo sozinha, Drica declarou: “É uma delícia e um inferno ao mesmo tempo. Você precisa saber de tudo e ter muito preparo físico. Ao contrário do que as pessoas disseram eu não estava procurando um monólogo. Foi uma coincidência. Eu estava morando em Londres e me correspondi com amigos brasileiros em busca de algo que fosse simples de montar”.

Ruan Alba, Guilherme Piva, Jonas Bloch, Christine Fernandes, Tuca Andrada e Cláudia Abreu também estiveram por lá. A atriz Marieta Severo chegou acompanhada das filhas Helena e Luiza, que está grávida de nove meses.

Kadu Ferreira
1. Marieta Severo e Drica Moraes; 2. A atriz ao lado de Juan Alba; 3. Drica recebe o carinho do ator e amigo Tuca Andrada

1º/5/2008
Fonte: Revista Quem

Drica Moraes estréia 'A ordem do mundo'


O saguão do imenso Teatro da Reitoria lotado da fina flor, perfumes fortes entranhados em roupas de missa, base, muita base (ainda se usa isso?) e a desconfortável impressão de que, mesmo no Festival de Curitiba, faz muita diferença para a bilheteria um elenco global. Mas julgar assim seria subestimar a exigente platéia de Curitiba. E fazer pouco de Drica Moraes – elenco inteiro e alma de “A ordem do mundo”, primeiro monólogo de sua carreira. Drica fez na noite dessa sexta-feira a estréia nacional da história (?) da verborrágica e raivosa “pesquisadora” do caos do mundo, que enquanto tenta achar lógica onde não há, demonstra por tabela o profundo desespero a que qualquer mulher de vez em quando se entrega. E por motivos bem mais prosaicos do que a fome na Somália ou as ameaças de pandemia.

A angústia da personagem não se alimenta só da constatação de que todas as catástrofes e mazelas do mundo não cabem em equações, classificações e fórmulas que ela se sente compelida – ou forçada ou escravizada por um chefe invisível, sei lá... - a criar. E ela que cria tanta catalogação, aliás, para ter certeza de que ela mesma ocupa um lugar importante nesse mundo artificialmente ordenado. O desespero vem do fato de que, enquanto a personagem insiste em colocar ordem, explicando a lógica por trás de uma infinidade de manchetes de jornal (é esse o trabalho dela), o caos inevitável toma conta da vida. Na unha que quebra, na caixa de antidepressivos que acaba, na chuva que cai fora de hora, no medo do passeio da escola do filho, no cara que não liga no dia seguinte... Tudo isso com doses cavalares de sarcasmo e uma (dês)elegância de perua-zona-sul-antenada que arranca gargalhadas da platéia.

A ação não é o forte no texto, de Patrícia Melo, que costura uma infinidade de tresloucadas conclusões sobre tudo – tudo mesmo - com base numa salada de filósofos e pensadores. Não há o riso nervoso, nem a crueldade dura de algumas das outras obras da escritora - como na adaptação de “Acqua Toffana” por Pedro Brício, por exemplo. Lá, a atriz Dani Barros (indicada ao Shell) interpreta um homem - também, a seu modo, maníaco por tudo em ordem - que desenvolve uma obsessão odiosa pela vizinha, levada às últimas conseqüências. Ali prevalece mesmo o aspecto rancoroso, arrogante e mau feito um pica-pau do personagem. Já em “A ordem do mundo”, Drica Moraes e a direção de Aderbal Freire Filho fizeram uma aposta no humor, muitas vezes físico, para extrapolar o caráter ridículo de todo tipo de arrogância.

O primeiro aplauso em cena aberta vem quando uma das conclusões brilhantes da personagem se arrasta no senso comum, mas com um twist de limão... “As mulheres só servem para que os homens se meçam”, cita a personagem, em tom professoral, após um longo discurso sobre como somos (somos?) traiçoeiras. Didaticamente, repete e acrescenta. “As mulheres só servem para que os homens se meçam... E se fodam!”

Ao fim do espetáculo, Drica espera o fim dos aplausos longos para agradecer à equipe e também à platéia, sem abandonar a ironia: “Vocês estavam ótimos.” Você também, Drica.

29/3/2008
Fonte: O Globo

A ORDEM ou DESORDEM das coisas

Eis o que nós aqui no Rio só veremos em maio: Drica Moraes no monólogo 'A Ordem do Mundo'. Ela apresentou-o em primeiro mão no Festival de Curitiba, que termina hoje. Em entrevista há alguns dias, contou-me sobre a peça: "Faço uma mulher que lê os jornais diariamente e acredita que pode dar sua opinião para tudo, organizar o mundo à sua maneira", conta. Deu para sacar que a personagem não é muito normal, um prato cheio para a atriz, que tirou do próprio bolso a grana para a montagem do espetáculo, cuja produção quem toca é o marido. Enquanto muitos atores reclamam de falta de incentivo do governo e pedem novas leis para captação, eis aí um belo exemplo. Lá em Curitiba, por exemplo, a peça mais aclamada foi uma produção bastante modesta, que custou apenas 6 mil reais. Foi 'Aqueles Dois', adaptação do conto do Caio Fernando Abreu. Tá bom, tem que haver incentivo, mas de que adianta ele acontecer, alguns produtores obterem quantias exorbitantes e os ingressos continuarem caros? Pior, em algumas peças turbinadas por grandes patrocínios, não se consegue enxergar isso em cena, nos cenários e figurinos. Preste atenção: a grana vai pra dois ou três iluminadores e cenógrafos badalados que freqüentam nove entre dez fichas técnicas de peso. E cobram alto. Aí fica difícil realmente não gastar muito, não é? O 'Bem Amado' do Nanini, por exemplo, só neste fim de semana fez temporada popular na Uerj, a 10 reais. Antes, cobrava 80 reais lá na Gávea. E tinha como generoso patrocinador um grande banco. Oitenta para ver uma peça que não era superprodução não pode.

Fonte: O Dia
Postado por André Gomes

Drica Moraes estréia seu primeiro monólogo: A ordem do mundo

A peça retrata o cotidiano de Helena, uma mulher pragmática, culta, independente e de opiniões fortes. Ela vê o mundo e comenta de forma pessimista mas, com muito humor e sarcasmo. A personagem é uma pesquisadora que tem como atividade profissional fazer a leitura de todas as notícias dos jornais, entender seu conteúdo e emitir seu parecer sobre o que foi lido. Independente do assunto, ela expressa suas opiniões se baseando em sua personalidade, vivência e conhecimento do que nas informações contidas nas próprias notícias.

Assim como no trabalho, em sua vida pessoal, Helena utiliza-se os mesmos critérios para analisar situações cotidianas. Em meio a tudo isso, ‘A Ordem do Mundo’ faz uma abordagem de humor corrosivo da sociedade atual, através de questionamentos existenciais, sob o olhar de uma mulher contemporânea. A peça trata da perda dos limites estipulados socialmente para determinar o que é moral, o que é normal.

O espetáculo faz um panorama da realidade urbana através da ótica de uma personagem que apresenta seu projeto filosófico de vida através de um auto-interrogatório com a platéia, inspirando-se em anúncios de jornal. É nesse espaço que surgem diferenças de valores morais, reflexões sobre a violência, futilidades da indústria do consumo, a ruína dos valores éticos e a ausência de perspectiva. O público é levado a refletir sobre o mundo moderno, a mulher contemporânea, as relações sociais e a religiosidade, e tirar suas próprias conclusões.

A Ordem do Mundo é um espetáculo teatral que busca desenvolver e afirmar a nova dramaturgia nacional brasileira. Distingue-se por aliar a busca constante por novas formas de teatralidade a uma encenação apoiada, preponderantemente, no ator como agente principal da linguagem e da comunicação da idéia do texto. Uma obra contemporânea e atenta às questões atuais, escrita por Patrícia Melo com direção de Aderbal Freire Filho.

Fonte: Jornale

Drica Moraes estréia montagem de Aderbal Freire em Curitiba


A atriz Drica Moraes e o diretor Aderbal Freire Filho trabalham os últimos preparativos para a estréia da montagem "A Ordem do Mundo", às 20h30 desta sexta-feira, no teatro da Reitoria, em Curitiba. O espetáculo faz parte da mostra de teatro contemporâneo do festival.

Drica e Aderbal vieram no mesmo vôo e desembarcaram na cidade às 19h20 de ontem. Eles rumaram direto para o teatro, onde ficaram até 23h45, fazendo marcações de luz e de palco. O marido de Drica, Raul Felipe, chegou à Curitiba por volta das 15h de hoje, para acompanhar a estréia da mulher.


"Estamos esquentando os tamborins. Estamos na torcida para tudo dar certo, mas estamos felizes, porque vamos começar com casa cheia", disse a atriz nesta tarde à Folha Online.


Drica diz estar feliz em participar do Festival de Curitiba. "O festival é um ambiente alegre. Acho um bom começo estrear nessa festa", contou.


Concentração total

A atriz agora vai se concentrar em aquecimento de corpo e de voz, para segurar sozinha no palco o monólogo. Tanta concentração não vai permitir que ela assista a outras peças do festival.

"Estamos muito focados em nosso trabalho, já que é uma estréia nacional. Depois vamos para o teatro Clara Nunes, no Rio, onde estreamos na última semana de abril", contou.

Drica Moraes contou ainda que a atriz Marieta Severo, namorada do diretor Aderbal Freire Filho, não vem, porque está em cartaz no Rio com a montagem "As Centenárias".

"A Ordem do Mundo" é um monólogo que mostra a vida de Helena, uma mulher inteligente e sarcástica que tem como profissão analisar notícias de jornais. O texto de Patrícia Melo busca refletir a sociedade contemporânea.

O espetáculo tem cenário de Fernando Mello da Costa e figurino de Marcelo Olinto, com iluminação de Maneco Quinderé. A direção musical é assinada por Marcelo Neves, com Claudia Marques na direção de produção.


28/03/2008 - 18h27
Fonte: Folha de Curitiba